Atenção às mudanças


Aumento do uso de cartão de débito ou crédito deve passar a contabilidade de custo variável e farmacêutico deve ficar de olho em substituição tributária

Hoje, com a nota fiscal eletrônica, qualquer comerciante precisa ter muita atenção. "É necessário muito cuidado e parcimônia na correta prática das normas fiscais e impostos que há por trás dos custos", afirma Nelson Beltrame, professor do Programa de Admnistração do Varejo (Provar) e diretor da Felisoni Consultores Associados. dando como exemplo a questão da substituição tributária do ICMS, que passou a ser recolhido antecipadamente. Somam-se a isso as políticas de descontos que as farmáciasa aplicam. É importante mater um olho nos custos e outro nas compras. "É preciso ter uma gestão apurada em três setores fundamentais: compras, financeiro e estoque. Tendo esses três parâmetros bem cuidados, é possível elaborar descontos e preços promocionais acessíveis aos clientes sem que a margem de lucratividade da farmácia seja prejudicada", orienta Adriano Schinetz, economista, diretor e consultor da Gestão Farma Consultoria.

As grandes redes possuem um custo menor e maior margem de desconto devido à possibilidade de compra maior. "Geralmente as grandes redes compram diretamente das indústrias, o chamado canal direto, e conseguem um preçomais favorável. As demais farmácias, às vezes, dependem de distribuídores, o chamdo canal indireto, e por isso precisam ficar mais atentas ao custo", alerta o professor Beltrame.

Essa diferença possibilita que farmácias de médio e grande porte pratiquem descontos que não são diferenciados pela forma de pagamento, ou seja, a prazo ou à vista, o desconto é o mesmo, desde que siga alguns critérios como, por exemplo, ter um cadastro completo ou uma aprovação de crédito. "Já em farmácias de pequeno porte, há sim uma diferenciação de acordo com a forma de pagamento, o que é extremamente prejudicial. Produtos em que são dados descontos diferenciados somente são vendidos a forma de pagamento à vista. Quando o pagamento é feito de outra forma, o desconto diminui e até mesmo é eliminado pelo proprietário, o que acaba sendo uma grande incoerência", afirma Adriano Schinetz.

A tendência crescente de utilização de pagamento com cartão de crédito ou débito pelo consumidor deve ser levada em consideração em operações rotineiras e em ploíticas de descontos. "A opção acentuada e crescente do consumidor pelo uso do cartão de crédito ou débito deve levar a uma reavaliação e até mesmo passar a introduzir essa despesa no custo variável da empresa", afirma Eugenio Faganholo, diretor da Mixxer Desenvolvimento Empresarial. Como exemplo, ele cita "uma farmácia que em maio de 2007 tenha tido um custo de 0,5% do faturamento proveniente de pagamento via uso de cartão e, em maio de 2010, essa opção de pagamento tenha subido para 3% do faturamento. Esse valor deve passar a ser contabilizado como custo variável."
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